Quando o marketing se disfarça de responsabilidade social

Por Rafael Gierwiatowski 

Indiscutivelmente, a responsabilidade social está em alta no mundo corporativo. Hoje, é comum ver diversas empresas elaborando programas do tipo e colocando em prática seus benefícios. Sem dúvidas, isso é um grande avanço, já que por anos o modelo foi ignorado por motivos financeiros variados.

A coisa começou a mudar com a crescente preocupação da opinião pública com o assunto e as empresas viram ai uma oportunidade de retribuir de alguma forma os recursos “emprestados” da sociedade. Dependendo do caso e da companhia, isso se tornou uma maneira de limpar a barra por causa de problemas.

Foi ai que a esperteza dos profissionais do mercado entrou em ação, não demorando em perceber que ações do tipo tinham grande potencial de marketing. Sendo direto, em vez de usar os projetos apenas para benefício da sociedade, as empresas viram a oportunidade de aliar isso aos negócios e, consequentemente, aos lucros.

Os dois modelos podem andar lado a lado, claro. Só que o problema começa quando os planos comerciais interferem mais do que deveriam nas ações em benefício da sociedade ou quando o projeto é criado somente para outros fins.

Quando isso ocorre, há um grande risco da imagem da empresa ser negativada se os objetivos nada sociais ficarem claros. E no mundo de hoje, situações assim se espalham rapidamente e arrumar a casa depois exigirá um trabalho duro, que, talvez, nem dê certo.

Então, será que vale o risco? Ou o melhor é mesmo montar uma completa ação socioeducativa e que traga benefícios espontâneos para a imagem do empreendimento? Basta pensar um pouco e ponto.

Deixe um comentário