Videogames e criatividade

Por Alan Bonjorno

Em seus primeiros anos, os jogos eletrônicos eram vistos puramente como fonte de diversão. Eram quase nulos os casos em que fossem usados como referência, ainda mais no cenário conservador em que se encontravam. Mas, como caíram no gosto pupular, não demorou para que surgisse a necessidade da comunicação. Tornando-os cada vez mais conhecidos. Com isso, assim como uma bola de neve, os jogos passaram a fazer cada vez mais parte da cultura do povo.

Com premissa simples de diversão pura, os jogos rapidamente migravam para uma nova era, onde necessitavam de mais referencias culturais para compor um cenário digital cada vez mais rico.

Jogos como Pac-man, River Raid, Enduro, sem um enredo existente, ou mesmo um polimento mais refinado em suas repetidas fases, pouco a pouco davam lugar a Pitfall, que apresentavam os primórdios de uma lore, uma mitologia contida em um universo oriundo do jogo, uma atenção especial nunca antes pensada com relação a uma mera fonte de distração.

Mais adiante os jogos deixaram de ser vistos apenas como brincadeira de criança e os adultos também passaram a se aventurar por mundos mais complexos, em 8, 16 e 32 bits. Heróis icônicos nasceram, como Mario, Link, Sonic, e muitos outros. Dividindo seus mundos e criando toda uma mitologia, rica, como nossa própria cultura.

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E o que tudo isso tem a ver com o processo criativo de uma agência?

Pois bem, durante o processo criativo, costumamos buscar referencias nos mais variados meios de comunicação; tv, cinema, campanhas de sucesso, livros, revistas e, por que não, nos videogames?

O que, durante muito tempo, foi visto como mero hobby, com o passar dos anos passou  a ditar cultura. E cultura sempre é referência. Seja em uma frase marcante, ou uma ótima sequência de ação, os jogos passaram a influenciar as mentes criativas em todas as partes do mundo.

Assim como em um jogo, o processo criativo vem como um desarranjo que necessita do movimento, visando a solução, de um cartaz a uma campanha premiada. E ao buscar a solução, a mente criativa evolui, assim como a personagem dentro do universo do jogo.

Do concept art ao render: Videogames e seus estilos gráficos.

Acompanhando os games, vários estilos gráficos surgiram, como pixelart, arte minimalista, design de personagens entre muitos outros. Estilos que surgiram da necessidade de representar algo que possa ser transmutado em algo interativo, nada diferente do nosso dia a dia, onde procuramos gerar interação, curiosidade e surpresa. Além de tudo, games ajudam o raciocínio. Pensar rápido e gerar sacadas fica muito mais divertido.

Joguem mais videogame, é legal.

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