Identidade Institucional: Organização e manual de identidade Nazista

Por Tchelo Pereira e Marcia Ceschini

A identidade visual teve início há mais de 7 mil anos atrás, segundo relatos do blog  Recursos Computacionais , com ceramistas da Transilvânia que imprimiram suas marcas em vários objetos da época.

É  a identidade visual a principal responsável pelo reconhecimento da marca de uma empresa ou produto pela comunidade e consumidores. A padronização dessa identidade é reconhecida na marca, fachada, uniformes dos colaboradores, frota, embalagem, papelaria, produtos e tudo mais que estiver relacionado à comunicação visual.

Na opinião de Tchelo Pereira, Diretor de Criação da Chilli360: Como criativo estrategista, acredito que o melhor de uma criação na identidade institucional é a amplitude que ela possa atingir no universo da organização, conceito e aceitação. As ferramentas de edição e criação, não são nada se você não tiver uma visão estratégica e global do projeto final.”

No universo de branding, o design está se tornando cada vez mais elemento direto e importante na comunicação de marca. Se voltarmos algumas décadas, é possível verificar o momento em que a propagação de uma ideia tornou-se poderoso meio para criar posicionamento de marca em uma grande sociedade movida à organização visual e de impacto na Segunda Guerra, da sociedade nazista.

Foi com a Segunda Guerra Mundial que a identidade visual e a comunicação tomaram corpo e foram usadas como primeiros meios de comunicação de massa. Foi através da comunicação de guerra, que surgiu a publicidade, a propaganda, a identidade visual, vídeos institucionais e o conceito de estratégia de marketing.

Você que é designer e é apaixonado por identidade visual com ousadia e conceito, já parou pra pensar como foi o conceito criativo para a identidade corporativa nazista? O que significa o símbolo, como surgiu e como era ostentado? Pois bem, ideologias a parte, vamos nos focar na criação, uma das mais interessantes e completas. Uma verdadeira aula para empresários, empresas, agências e criativos.

O manual de criação e aplicação da marca ainda existe, assim como as vendas das réplicas desse manual ainda continuam. O manual aborda e ensina a utilizar corretamente desde a aplicação da marca, tipografia, cores, ângulos de fotografia até o uso de uniformes. Sem contar as estratégias de persuasão e envolvimento da população na ideologia que criaram através de filmes (de guerra ou ação), sempre personificando os arianos como heroicos ou em atitudes vencedoras.

Muitas práticas que são amplamente usadas nos dias de hoje na comunicação foram elaboradas pelos alemães nazistas, mais especificamente por Joseph Goebbels, ministro da propaganda e braço direito de Hitler. O cargo de Goebbels tinha o pomposo nome de “Ministério Nacional para Esclarecimento Público e Propaganda”.

Mas, novamente frisando, ideologias a parte, a estratégia de comunicação criada funcionou e mostrou-se forte aliado do partido durante o período da Segunda Guerra. Se nos apropriarmos das ideias originais da comunicação de persuasão e resultados, colocarmos em prática de maneira adequada e pensarmos de modo simples e organizado quais seriam os benefícios para uma marca e sua identidade visual? Já parou para pensar? Essa é a missão da criação de uma marca.

Tchelo Pereira – Estrategista. Publicitário. Designer. Branding – Diretor de Criação da Chilli360

Marcia Ceschini – Especialista em marketing. Planner Digital da Chilli360

 

Quando não tem cultura, não tem direção de arte

Francesc Petit, o P e Sócio Diretor da DPZ, faz a afirmação do título entre outras  na ediçãoo especial do Meio&Mensagem, que só confirmam o momento das agências de propaganda: faltam bom criativos e consequentemente, bons diretores de arte.

Os fatores que Petit cita como principais problemas para a boa criação são:

  • Campanhas de varejo – as peças não pedem uma direção de arte mais elaborada. Quem dita o padrão do varejo é a Casas Bahia.
  • Revista Archive – a revista é referência para profissionais da área, mas o número de peças fantasmas que veiculam é alto e acabam influenciando criações fantasmas.
  • Falta Boa formação artística – a referência para jovens criativos é o banco de imagens

Nós da Chilli360 acrescentamos:

  • Qualidade artística para finalizar a arte – Não há uma preocupação com arte na peça
  • Otimização do tempo de criação – há uma demora para criar as peças
  • Falta de pesquisa e referências artísticas – o criativo não faz uma busca assertiva para inspirar a criação.
  • e mais

    O responsável pelo departamento de criação da Chilli360, Tchelo Pereira, sobre esse momento na criação nos diversos mercados – interior, capital e global – complementa: “Infelizmente é essa nossa realidade e o Petit desabafou o que muitos estão falando a algum tempo.  Há alguns anos ouvi que os melhores criativos são aqueles que criam para as grandes contas, e de certa forma (em partes) até concordo. Imaginou o que tiveram que passar, engolir sapos, estudar e evoluir para chegar nesse nível? Sim, para esses criativos a verba é maior, as possibilidades são infinitas, mas se o próprio Petit  – DPZ –  tá questionando isso, acho que devemos rever esses conceitos. As grandes ideias não estão ligadas diretamente a grandes anunciantes, mas, à estudos e evolução, aprendizado, experiência.

    E não é só o grande mercado publicitário que está assim, citamos o interior, berço de muitos criativos que tem o sonho de ir para capital, para o pulsante mercado publicitário. “Quando abordo um criativo e pergunto sobre sua qualificação e sobre seu portfólio, percebo que a “magia da publicidade” não existe mais, o que está em jogo são os valores e a arrogância, a mentira (portfólio fake ou mesmo sobre sua formação) , e, em muitos casos existe uma ótima ideia perdida em uma péssima direção de arte.” Pontua Pereira. “Em raríssimos casos existem profissionais que prezam pelo casamento conceito + direção artística das peças. No mercado de hoje, o comodismo está se sobressaindo e está muito fácil criar o que o cliente pede, o que o atendimento manda, mas e a imaginação?”  Questiona Tchelo. “E o brainstorm? E a ousadia? E o momento de deixar o ego de lado e ouvir pessoas experientes? A direção de arte como é para ser, e não como é, para os novos profissionais de criação está sendo vista como “acessório”. Está faltando pesquisa, embasamentos, referências, formatação de ideias, qualificação ao usar um software e até mesmo evoluir nos softwares utilizados.” Finaliza.Portanto, interessados em atuar em criação, sugerimos foco e estudo constante, além da prática de favoritar referências, buscar informações em livros, filmes, museus, comportamento de pessoas e tudo mais que sirvam de base criativa. Há mercado e há vaga. Depende de você.

     

Chilli cria mini-filmes para internet e estratégia de divulgação online para LUPO com Neymar

Todos já sabem do envolvimento do jogador com o maior fabricantes de meias e cuecas do país, a LUPO. Na sexta-feira do dia 05/08, a Chilli participou da gravação do VT que fará parte da campanha “Agora sou meia”, capturando cenas do making off para criação de mini-filmes a serem  lançados na web.

Três mini-filmes foram desenvolvidos para a ação na web até o lançamento do VT. A ação de guerrilha contou com datas específicas para os disparos de conteúdo nas redes sociaismonitoramento das menções e publicações nas redes  de acordo com o planejamento aprovado.

Ficha Técnica

Planejamento Digital:  Marcia Ceschini

Planejamento estratégico e direção: Marcelo Tchelo Pereira

Atendimento: Lucas Napoli

Produtora:  Spline Multimídia

Áudio:  Doctor Áudio

Confiram os vídeos abaixo:



1)

Filme/Internet 1 – LUPO/NEYMAR from chilli360 on Vimeo.

2)

Filme/Internet 2 – LUPO/NEYMAR from chilli360 on Vimeo.

3)

Filme / Internet 3 – LUPO/NEYMAR from chilli360 on Vimeo.

Pet Show

A Chilli Comunicação criou para o cliente Farofino, nova pet shop de Arararaquara, a campanha ” Um cuidado especial para cada tipo de beleza” .

O conceito criativo é que na Farofino, seu animalzinho é tratado de maneira especial. Cada pet  tem o atendimento dispendido sobre medida. Os anúncios veicularam na revista Perfil de Araraquara.

A inauguração do pet shop Farofino Fino será neste sábado, a partir das 17h00, na Av Barroso, 664 – Centro – Araraquara- SP

Ficha técnica:
Diretor de Arte: Marcelo “Tchelo” Pereira
Criativos: Priscila Godoy e Marcos Lavelli Junior

* Clique na imagem para ampliá-la

Insensato Coração e transmídia


A Rede Globo tem praticado o conceito de transmídia com muita propriedade em suas novelas.  Antes foi na novela Viver a Vida, em que a personagem Luciana fica paraplégica e cria um blog para falar sobre a vida de uma cadeirante e foi sucesso de acessos e comentários.

Mas o que é Transmídia? Se você não clicou no link na primeira frase, saiba que transmídia é o uso de várias mídias integradas, com narrativas e plataformas diferenciadas para contar uma estória (storytelling) ou vender um produto ou uma ideia. No caso desse post, é sobre a agência In Design da novela das nove: Insensato Coração.

Na novela, o personagem de Lázaro Ramos é André Gurgel, designer de sucesso da In Design. O fato é que a novela criou um site real da In Design que ajuda a continuar a estória da agência dentro do conceito de storytelling, criando uma união de TV, internet e mídia social e tornando-se uma transmídia. O site está muito bem trabalhado no sentido da comunicação e da navegação.

Do ponto de vista da realidade de uma agência, tanto na interação na novela quanto na realidade virtual aqui mostrada, não deixa nada a desejar. Site estruturado, interação com blog, inclusive com conteúdo atual (a arte do grafite). A estrutura da agência é impecável, diríamos que a equipe cenográfica da Rede Globo caprichou, mostrando a realidade estrutural de belas agências, tornando referencia e desejo das agências menores. O nível de clientes atendidos e apresentados são grandiosos, oferecendo oportunidade para product placement e merchandising das marcas e lançamentos de produtos, assim como fez a Natura, falando dos refis e embalagens com menor impacto ambiental (episódio 26/04) e a Kia, com o Kia Soul Flex da personagem Carol (Camila Pitanga), mostrando o design e o espaço do carro para transportar crianças.  Sobre a equipe, até a composição dos envolvidos se encaixa no dia-a-dia: um designer exibido e festeiro (André – Lázaro Ramos), a mocinha doce e inteligente (Marina Drumond – Paola Oliveira), o administrador chato, mão de vaca e invejoso (Julio – Marcelo Valle), executivos do marketing em ascensão (Carol – Camila Pitanga), e o publicitário nos moldes antigos buscando espaço no meio da nova safra de criatividade (Raul Brandão – Antônio Fagundes), e assim vai.

* Post feito à quatro mãos por Marcia Ceschini, planner digital e Tchelo Pereira, diretor de criação e planner estratégico da agência Chilli Comunicação.

A Importância de se reposicionar e se atualizar como marca

 

Por Tchelo Pereira*

Falar que as mídias sociais estão ganhando espaço é coisa do passado. Geolocalização, páginas corporativas, comunicação fulltime, diários online, busca por referências, novos contatos, network, namoro, enfim, o mundo virtual pode ser considerado um novo território, fazendo parte inerente do nosso cotidiano. Os meios fervilham informações sobre tudo isso, e existem ainda aqueles que não aderiram a esse novo mundo. Há um tempinho,  li no M&M que “essas novas mídias” são um buraco negro na nossa comunicação, que não sabemos um fim, e não podemos confirmar.”

Bom, analisando esses novos meios e as oportunidades e posicionamento de empresas no mercado, eu discordo do comentário que li. Pode ser até que seja febre momentânea, mas pense, o ICQ era febre e evoluímos pro MSN,  evoluímos pra Orkut,  pra twitter, face, foursquare, e não para por ai. Os mais despretensiosos diriam q é evolução tecnológica e blábláblá, eu digo que é evolução econômica. Se os meios mudam a população adere ao novo como se fosse camaleões, com isso, produtos e marcas também se adequam, afinal, ninguém quer perder consumidor, pelo contrário, esses meios geram oportunidades para buscar novos públicos, inclusive o interno, público base para um posicionamento forte. Sendo assim, entro no que venho pra falar: reposicionamento das marcas.

As marcas estão se atualizando de acordo com a necessidade do consumidor. Fato! Reposicionamento? Lógico, e mais que isso, são necessidades estratégicas para não perder o consumidor e a tira-colo tentar ganhar espaços e novos consumidores. Reposicionamento de marca é elaborar estratégias, balancear aspectos emocionais, aqueles que geram necessidade no consumidor, e o racional, que são os objetivos reais, o tangível. Isso é branding.

Reposicionar uma marca, vai além de criar uma nova identidade institucional, um logotipo. Reposicionar uma marca é 100% planejamento, da criação a estratégia, da exposição online a offline. É buscar inspiração e a sensibilidade do consumidor, virtudes dos produtos, objetivos da empresa, é verificar problemas, necessidades, tomar decisões. É unificar tudo em uma linha criativa e implantá-las.

Exemplos claros e recentes de reposicionamento de marcas são muitos: O Boticário, Topper, Starbucks e até mesmo a tão comentada marca da Lupo (que gerou um post a parte), são exemplos de que necessidade de venda e adequação ao público são fatores imprescindíveis.

Ai entra uma questão particular e bairrista. Um problema que sofremos e vale lembrar. Todos falam que o mercado do interior é excelente e rico mercado para ser explorado. Realmente a palavra certa é PARA SER EXPLORADO, tipo os bandeirantes quando chegaram no Brasil: Facão, a força e impondo. O mercado aqui não tem aceitação como todos dizem, o mercado é bairrista, é duro na queda. Empresas grandiosas com pensamento pequeno que acham que o certo é a política que trabalhou há 20 anos atrás, ou, forte influência de um passado recente que não aderiu ao novo. Empresas pequenas que surgem e aceitam o novo, nem sempre possuem o investimento necessário, ou preferem empresas familiares. Ai o que você faz? Vira um camaleão e aceita ser submetido a esse tipo de mercado ou busca um novo mercado que é tão grande quanto suas idéias?

Tchelo Pereira é Diretor de Criação  e Planner na Chilli Comunicação.